Se esta obra é de homens, se desfará, mas, se é do Altíssimo, não podereis desfazê-la. (Actos 5:38,39).


"Aquele que deseja conhecer a verdade, deve estar disposto a aceitar tudo o que ela revela. Não pode ter nenhuma transigência com o erro. Ser vacilante e morno para com a verdade, é preferir as trevas do erro e a ilusão satânica." O Desejado de Todas as Nações, (cap. O Sermão da Montanha) pág. 257.

Lê o artigo: "Novas Verdades", (http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/02/novas-verdades.html
)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Não Acabareis de Percorrer as Cidades de Israel…

“Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.” Mat. 10:23.
Fui habituado a ouvir no meio adventista a explicação de que o verso acima refere-se à transfiguração de Yahushua. Paradoxalmente, não encontrei para tal ideia, nem apoio bíblico, nem em Ellen White, nem no comentário adventista.

Aliás, se analisarmos o contexto do verso em questão, veremos que estas palavras, se bem que inseridas num conjunto de instruções dadas aos 12  discípulos, encontraram sua aplicação num tempo posterior à morte do Ungido. Antes da morte de Estevão (At. 7:59, 60), não houve particular perseguição à chamada seita do Caminho (At. 24:14). Mas a partir de então, os discípulos puderam descobrir quão literais eram as palavras de Seu Mestre.
No entanto, Yahushua demonstrou bem em Seu labor diário o que elas significavam, tendo algumas vezes alterado sua rota geográfica por causa dos maus intentos dos fariseus e saduceus, não por uma questão de cobardia, mas por causa de poder cumprir Sua missão. Seus pais assim procederam em Sua infância a fim de o livrar das mãos de Herodes (Mt. 2:13). Assim reza o comentário adventista:
 “Huid. 
    En ciertas circunstancias, huir demuestra cobardía; otras veces indica prudencia (cf. com. vers. 16). Lo que determina si es cobardía o prudencia es el resultado final para el reino de los cielos, no la conveniencia personal ni lo que la gente pueda pensar. Cuando el trabajo en algún lugar no da resultados, los embajadores del reino bien pueden ir prestamente a otro sitio con la esperanza de que allí encontrarán a alguien que esté dispuesto a escuchar.

    El sufrir persecución como un medio de ganar méritos para ir al cielo no tiene valor en sí. En su propio ministerio, Cristo demostró repetidas veces el principio que aquí expuso a los doce, y presentó ilustraciones que muestran las circunstancias en que debe aplicarse ese principio. Cuando fue rechazado por el sanedrín después de haber sanado el paralítico en Betesda, se fue a Galilea (ver com. cap. 4: 12) y en ocasiones posteriores se fue de Nazaret a Capernaúm (ver com. Luc. 4: 30-31), de Galilea a Fenicia (ver com. Mat. 15: 21), de Magdala a Cesarea de Filipo (cap. 16: 1-13), y de Judea a Efraín (Juan 11: 53-54). Cuando los cristianos de Jerusalén fueron perseguidos después del apedreamiento de Esteban, se esparcieron en todas direcciones, "anunciando el evangelio" (Hech. 8: 1-4).” http://www.ellenwhitebooks.com/?t=2&l=79&p=11


Nas palavras de Ellen White:
“Se em algum lugar a perseguição se tornar severa, façam os obreiros como o Ungido ordenou: "Quando pois vos perseguirem numa cidade, fugi para outra." Se ali vier a perseguição, procurai outro lugar ainda. O Altíssimo guiará o Seu povo, fazendo que seja uma bênção em muitos lugares. Não fora a perseguição, e não seriam tão vastamente espalhados para proclamar a verdade. E o Ungido declara: "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mat. 10:23. Até que no Céu seja dito: "Está consumado", haverá sempre lugares para trabalhar e corações para receber a mensagem.” http://www.ellenwhitebooks.com/default.asp?l=20&p=218

Portanto, podemos concluir que os discípulos, se bem que rejeitados pelos chefes de Israel, não foram na altura perseguidos ao ponto de terem que fugir de cidade em cidade, e que ainda Mat. 10:23 possa ter tido alguma aplicação naquele tempo imediato, teve sua aplicação, de forma geral, depois da morte de Estevão e durante toda a história posterior da perseguição ao remanescente do Altíssimo.

Mas temos que reconhecer que estas palavras de Yahushua terão uma aplicação escatológica, isto é, imediatamente antes da Sua 2ª vinda, em glória. Literalmente, antes do fim do tempo da graça para o mundo em geral, os 144000 deverão reunir-se em Israel, talvez por motivos de perseguição, tendo em vista que ainda que Israel aceitasse uma lei dominical, pudesse ser mais tolerante na questão do sábado, o 7º dia, devido às convicções de um grande número de judeus.

Por outro lado, porque também convém que a obra termine no próprio lugar onde começou, e que os dispersos de Israel retornem à sua terra (Jer. 29:14), pois será aí o palco da maior batalha da história da Terra, o Armagedom
(ver http://1assimdizosenhor.blogspot.com/2011/07/armagedom-o-que-e-e-quando-sera.html). Foi em Israel que a perseguição começou quando a porta da graça se fechou para Israel como nação, e então os discípulos se estenderam a outras nações. O último cenário de perseguição será também aí, quando terminar o tempo da graça não só para Israel, mas também para o mundo inteiro. Não esqueçamos as palavras de Ellen White:

"A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia do Altíssimo e calcou a pés a Sua lei. Tenebrosos são os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime. Ao contemplá-los confrange-se o coração e o espírito desfalece. Terríveis têm sido os resultados da rejeição da autoridade do Céu. Entretanto, cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações do futuro." O Grande Conflito, pág. 36.

Nesse sentido, antes que os 144000 possam percorrer todas as cidades de Israel a porta da graça se fechará, e depois da queda das 7 últimas pragas, Yahuh e Seu Filho e todos os anjos virão em glória buscar os remidos da Terra.

Façamos destes assuntos nossa prioridade, pois da compreensão dos mesmos depende nossa preparação. Se assim não for, é porque estamos tão comprometidos e distraídos com as coisas do mundo que corremos o perigo de permitir que nossa consciência se cauterize e nossa vida se cristalize em estátua de sal, como a mulher de Ló!

A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas o Filho do Altíssimo vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um caminho preparado para trazer alívio. Nosso Pai celestial tem mil modos de providenciar em nosso favor, modos de que nada sabemos. Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra do Altíssimo o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. (DTN, pág. 273).


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"Conquanto Yahuh possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Seu Filho, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Yahushua, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. O Altíssimo requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.







Os profetas e os apóstolos não aperfeiçoaram o carácter cristão por um milagre. Eles usaram os meios que YAHUH colocou ao seu alcance, e todos os que empreenderem um esforço semelhante assegurarão um resultado semelhante. (Spirit of Prophecy, vol. IV, cap. 22, pág. 305).


Precisam-se...

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus."


Ellen White, Educação, pág. 57.




É intuito do Pai Celeste preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Soberano verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. Ellen G. White, 3 TS, 16 (1900), Eventos Finais, 68.